Dados da Organização Internacional do Trabalho indicam uma elevação acentuada de desemprego nos últimos anos, principalmente entre os jovens na faixa etária de 15 a 24 anos, chegando a cerca 47% do total global de desempregados no mundo, apesar de representarem apenas 25% da população economicamente ativa do planeta. Se nos países desenvolvidos, a chance de um jovem tornar-se desempregado é 2,3 vezes maior do que a dos adultos acima de 25 anos, nos países subdesenvolvidos essa possibilidade é 3,8 vezes maior .
No Brasil os dados não são diferentes. As taxas de desemprego entre os jovens de 16 a 24 anos representam o dobro em comparação ao total da população. E quando empregados, em geral os jovens ocupam posições ocupacionais de baixa qualificação e remuneração, criando um círculo vicioso, uma vez que, ao trabalharem sob essas condições, comprometem sua escolarização, não completando sequer os ciclos educacionais básicos.
Compelidos, precocemente, a ingressar no mercado de trabalho em decorrência da situação econômica da família, que depende de sua renda para inclusive sobreviver, o jovem abre mão de uma estratégia fundamental para vencer sua situação de pobreza : a qualificação escolar e profissional.
Esta população que convive com uma baixa renda, sua inconstância ou, até mesmo, sem nenhuma, não tendo acesso aos benefícios da evolução tecnológica dos últimos anos no Brasil, encontra-se numa situação desfavorecida em relação às famílias com renda mais elevada.
E na transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento se está exigindo uma educação geral ampliada.